Língua inglesa!
inglês antigo
O inglês antigo foi a forma do idioma utilizada durante a fase compreendida ente 450 d.C. e o final do século XI. Nela, os franco-normandos invadiram a Inglaterra, fazendo com que a língua da corte e da administração passasse a ser a língua francesa. Era composto por quatro dialetos: o nortúmbrio, o saxão ocidental, o kentiano e o mércio. Foi neste período ainda que a língua dos anglo-saxões primeiro recebeu palavras latinas, durante a ocupação romana.
No inglês antigo e médio a sílaba tônica estava sempre na raiz silábica das palavras derivadas. No inglês moderno, a sílaba tônica pode estar em quase qualquer sílaba de uma palavra.
O ramo germânico ocidental da família indo-européia, ao qual o inglês pertence, também inclui o baixo alemão (Plattdeutsch), o neerlandês e o frisão. O inglês deriva de três dialetos baixo alemães falados pelos anglos, saxões e jutos, que emigraram da Dinamarca e do norte da Alemanha para se estabelecer na Inglaterra a partir da metade do século V em diante. Estes dialetos estavam caracterizados pela retenção das oclusivas surdas /p, t, k/ transformadas nas fricativas correspondentes em alto alemão /f, th, x/ e das oclusivas sonoras /b, d, g/ transformadas em /p, t, k/. Essas transformações podem ser vistas no seguinte exemplo:
- Baixo alemão – dör, pad, skip, heit
- Inglês – door, path, ship, hot
- Alto alemão – Tür, Pfad, Schiff, heiss
Inglês médio
O inglês médio ou medieval se caracteriza pela fase compreendida entre o início do século XII até o fim do século XV. Nela, temos o reinado da Dinastia Tudor, quando o inglês perdeu muitas de suas flexões nominais e verbais, e muitas palavras francesas incorporaram-se ao léxico.
Inglês moderno
O inglês moderno se caracteriza pela fase compreendida do ano de 1475 d.C. até os dias atuais. Nela, houve a unificação da língua com base no dialeto da região londrina.
A transição do inglês médio ao moderno foi marcada por uma rigorosa evolução fonética na pronúncia das vogais, o que ocorreu entre os séculos XV e XVI. O lingüista dinamarquês Otto Jespersen denominou tal mudança de Grande Mudança Vocálica, que se consistiu em alterar a articulação das vogais em relação às posições dos lábios e da língua, que no geral se elevou em um grau. Esta mudança transformou as 20 vogais que possuía o Inglês médio em 18 no Inglês moderno. A escrita permaneceu inalterada como conseqüência da aparição da imprensa. Até então o Inglês médio possuía uma escrita mais fonética; todas as consoantes se pronunciavam, enquanto que hoje algumas são mudas como o l em walking.
A partir de 1500 começa o período da expansão geográfica do Inglês; primeiro nas regiões vizinhas da Cornuália, Gales, Escócia e Irlanda, onde substitui quase completamente o céltico e nas ilhas Shetlands e Órcadas substitui a língua descendente do Norueguês Antigo chamada norn.
Distribuição geográfica
Cerca de 375 milhões de pessoas falam inglês como sua primeira língua. O inglês hoje é provavelmente a terceira maior língua em número de falantes nativos, depois do chinês mandarim e do espanhol. No entanto, quando se combina nativos e não nativos é provavelmente a língua mais falada no mundo, embora eventualmente a segunda, ficando atrás de uma combinação dos idiomas chineses (dependendo ou não das distinções esses idiomas são classificados como "línguas" ou "dialetos").
As estimativas que incluem falantes do inglês como segunda língua variam entre 470 milhões a mais de um bilhão, dependendo de como a alfabetização ou o domínio é definido e medido. O professor de Linguística David Crystal calcula que os não-falantes já superam o número de falantes nativos em uma proporção de 3-1.
Os países com maior população de falantes nativos de Inglês são, em ordem decrescente: Estados Unidos (215 milhões), Reino Unido (61 milhões), Canadá (18,2 milhões), Austrália (15,5 milhões), Nigéria (4 milhões), Irlanda (3,8 milhões),africa do Sul (3,7 milhões) e Nova Zelândia (3,6 milhões), conforme censo de 2006.